Dia de combate à PSORÍASE - 29 de outubro
- por Dr Domimberg Ferreira
- 30 de out. de 2016
- 2 min de leitura

A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele e das articulações que se manifesta, na maioria das vezes, por lesões róseas ou avermelhadas, recobertas por escamas esbranquiçadas. É uma doença imunomediada que tem base genética e grande polimorfismo de expressões clínicas.
De ocorrência universal, a psoríase acomete igualmente homens e mulheres, sendo dermatose frequente na prática clínica. No Brasil, não existem estudos sobre a sua prevalência acreditando-se que 1% da população seja acometida. Aspectos ambientais, geográficos e étnicos podem interferir na sua incidência. A doença pode ocorrer em qualquer idade, com picos de incidência na segunda e na quinta décadas de vida, associados a diferentes antígenos de histocompatibilidade. O início antes dos quinze anos correlaciona-se, frequentemente, a casos familiares. Estudos recentes revelam loci de susceptibilidade denominados Psors, localizados nos cromossomos 6p, 17q, 4q e 1q.
Não é transmissível, não causa dor, mas, pelo caráter inflamatório da pele, é cercada de transtornos aos seus portadores e por muito preconceito.
A psoríase se manifesta, na maioria das vezes, por placas eritematoescamosas, bem delimitadas, ocasionalmente pruriginosas, em áreas de traumas constantes na pele – cotovelos, joelhos, região pré- tibial, couro cabeludo e região sacra. O tamanho e o número das placas são variáveis, podendo ocorrer acometimento de toda a pele. Em 50% a 80% dos casos, são identificadas alterações ungueais, especialmente, onicólise e depressões cupuliformes.
A doença NÃO É CONTAGIOSA e o contato com pacientes NÃO PRECISA SER EVITADO.
O tratamento é realizado de modo individual e personalizado e será escolhido pelo dermatologista, que vai levar em conta os sintomas, a gravidade e o quanto a doença afeta a autoestima do paciente. O médico pode optar entre pomadas de corticoides, vitamina D, medicamentos biológicos ou fototerapia com luz UVA e UVB.
É importante evitar a automedicação, especialmente os corticoides, poiscomo o passar do tempo a pele tende a não manter a mesma resposta . Além disso, pode provocar estrias, afinamento da pele, inchaço, descontrole da pressão e diabetes. Outros medicamentos quando usados sem prescrição médica, como o lítio, podem piorar as lesões.
Hoje há vários tratamentos com medicações mais específicas, que podem levar ao clareamento total das manchas da psoríase. São chamados biológicos, pois vêm de organismos vivos e conferem uma alta especificidade, indo diretamente no alvo a ser tratado. Estes tratamentos tem posologias mais confortáveis como 1x por mês ou até uma vez a cada três meses . Vale a pena se informar e conhecer as novas opções com seu médico.
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